Comecei como catequista muito nova. Acredito que desde os meus 12 ou 13 anos, estou seguindo esta vocação. Fiz a Primeira Eucaristia com 10 anos de idade e depois a minha prima, Eliane, iniciou com os encontros de Catequese em nossa comunidade, São Judas Tadeu. Onde fazíamos parte de uma Paróquia Franciscana, chamada Sagrado Coração de Jesus. Desde o primeiro dia, como auxiliar de catequista, já sentia que Deus tinha grandes planos para mim. Por problemas pessoais, minha prima precisou se afastar e eu não poderia continuar sozinha. Não tinha experiência e ainda achava que catequese era aula e não encontro. Com 15 anos completos fiz minha Crisma. E foi neste dia que Jesus tocou-me profundamente pela primeira vez. Na hora da unção o Bispo olhou em meus olhos, ungiu minha fronte e na mesma hora o meu coração ferveu, literalmente. Senti o fogo do Espírito Santo aceso dentro de mim e pudi olhar para a minha alma, onde Jesus me olhava de forma tão doce, tão pura, que jamais eu pude esquecer aquele dia. Esse foi o meu encontro pessoal com ELE. Naquela noite eu irradiava de alegria, de paz e de muita vontade de fazer algo para contribuir aquele olhar. Tempos depois, Jesus novamente me chamava para evangelizar as crianças. Eu aceitei, mas devido a fatores de minha idade, na época, estudo, trabalho, eu precisei me afastar novamente. Mas como tudo nesta vida tem o tempo certo de Deus, eu esperei alegremente no Senhor. Afastei-me por alguns anos, que não foram muitos, graças a Deus. E retornei a essa Pastoral que faz parte de minha vida, não importa onde eu esteja...
Assumi minha primeira turminha como catequista e não mais como auxiliar.
(Como eu sentia Deus confiar em mim)
Nos encontros de formações ao longo dos anos, eu fui tendo mais contato com a vida Franciscana. Lendo textos, biografias, fazendo pesquisas, conversando e fazendo amizade com muitos frades, fui aprendendo cada dia mais sobre a vida desse Frei exemplar. São Francisco de Assis mostrou-se para mim um exemplo a ser seguido... O jeito que aquele homem deixava ser conduzido por Deus, me fazia refletir sobre cada segundo de minha vida.
Passei então a amar muito mais o que sempre completou a minha vida como catequista; os catequizandos.
Faço-me pobre, fiel, humilde e simples. Nunca poderia imaginar o quanto essas qualidades são importantes para a nós. Hoje eu olho para a natureza e ouço Deus falar comigo. Tenho um amor especial por nossa mãe Terra, nossos irmãos: O sol e a Lua. Pelos animais que alegram os nossos dias. Eu louvo a Deus por toda a sua Criação.
Como diz a música:
Doce é sentir em meu coração humildemente vai nascendo amor. Doce é saber que não estou sozinha, sou uma parte de uma imensa vida.
Realmente é doce saber que minha vocação é de Deus e que sempre estarei a disposição para propagar o nome daquele que muito me ama!
Sendo assim eu aprendo a consolar mais do que ser consolada. Compreender mais do que ser compreendida. Amar mais que ser amada. Pois é dando que se recebe. É perdoando que se é perdoado.
E é morrendo que se vive para a vida eterna.
Hoje eu posso dizer certamente que São Francisco de Assis ajudou e ainda me ajuda muito neste processo de formação como catequista. Muitos frades passaram em minha vida, sempre deixando suas ideias, me ajudando nos encontros com as crianças. Hoje somos uma Paróquia que não fazemos mais parte da vida franciscana assiduamente. Mas o trabalho dos frades continua por esse Brasil a fora. E posso dizer com toda certeza que muitas crianças são catequizadas por eles. Muitas ainda crescem querendo seguir a vida a qual eles apresentaram.
O hábito marrom é para nós exemplo de perfeita alegria. E as crianças se encantam, deixando-se levar por momentos especiais vivido com eles.
Só tenho a agradecer a Deus pela oportunidade de tê-los conhecido e de ter aprendido lições que ficarão para sempre em minha vida. Como uma esponja eu não guardarei este aprendizado para mim, absorverei e partilharei com os meus pequenos catequizandos. Pois quem sabe um dia, um deles cresça e sinta no coração o chamado de Deus, para ser um abençoado Frade Franciscano.
Paz e Bem!
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Dica: Se você catequista ainda não conhece a história desse Santo humilde, simples e que tem muito a nos ensinar, assista ao filme Irmão Sol e Irmã Lua e deixa-se levar por esta história emocionante. |
OBS: Em breve o blog postará uma entrevista com o Frei Alvaci Mendes da Luz, ofm , atualmente a serviço do Pró-Vocações e Missões Franciscanas, com sede em São Paulo, onde ele partilhará conosco experiências e opiniões sobre o tema CATEQUESE!
Não perca!
Frei Alvaci Mendes da Luz, ofm |